sábado, 9 de julho de 2011

Travessia


Travessia
Por Fernanda Berthoud

No nada, bem longe de tudo, de todos, sentei numa pedra.
Eu não queria pensar, não queria lamentar, só queria existir.
Por um momento eu quis esquecer a vida
e nem preocupar com a morte.
Não lamentar do tempo que passa rapidamente entre nossos dedos.
Esquecer dos amores. Esquecer das dores.
 Esquecer dos sonhos e de tudo que poderia me assombrar.
Quis passar horas e horas, sentada àquela pedra,
 apenas sentindo o vento tocar meu rosto,
borboletas dançarem perto do meu corpo,
ver formigas desviarem a sua trilha contornando meus pés.
Não consegui ficar no nada, olhando para a imensidão de mundo.
Levantei-me da pedra e resolvi buscar-te, mais uma vez,
Nessa travessia solitária.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Quem sou eu?

Por Fernanda Berthoud

Olhe em meus olhos
Decifre minha mente...
Ou entenda meu coração, tão somente!


Faça silêncio...
Ouça apenas a minha respiração.
Ela diz muito sobre mim...basta que ouça com atenção.


Quem sou eu?
Sou menina, sou mulher, sou anciã...
Sou o fogo, sou o vento, sou o calor da manhã...
Sou a prisão, sou a liberdade...
Sou a brisa, sou a tempestade...
Sou o sorriso, sou a tristeza...
Sou a lágrima, sou a beleza...
Sou o que eu quiser ser...
Sou de pensar que querer é poder...
Sou a perseverança, sou capaz...
Sou sonhadora, sou aquela que faz...
Sou contraditória, sou indecisa...
Sou o que for...
Mas acima de tudo...
Eu sou o amor.