sábado, 18 de junho de 2011

Vidas Secas x As Vinhas da Ira




Análise da obra “Vidas Secas” de Graciliano Ramos e obraAs vinhas da Ira” de John Steinbeck nas seguintes vertentes:

A temática (retirantes) e as razões do êxodo em cada obra.
A família protagonista (como se constitui e que valores preza).
A morte (humana ou de animal), como ela é narrada e que consequências traz.
O desfecho.

            Começa-se analisando a obra “Vidas Secas” – Graciliano Ramos

a)         Temática
O romance “Vidas secas”, de Graciliano Ramos, é a história da retirada de uma família de nordestinos por causa da seca. Podemos dizer que em “Vidas secas”, a grande obra do regionalismo modernista, o elemento principal é a natureza, pois esta é o enfoque do mundo da aparência, que prepara o desvendar do mundo ilusório, alcançando o universal através do particular. O mundo interior das personagens de “Vidas secas” recria o mundo exterior, que é seco, árido, vazio de saídas ou possibilidades para a família de Fabiano. Isso justifica o título, que aproxima o adjetivo “secas” do substantivo “vidas” aparentemente de maneira indevida. As personagens estão secas de sentimentos humanos assim como o cenário desolador que as cerca. O que resta ao homem é seguir seu destino inexorável, de cujo fatalismo ele não escapa. Não há saídas ou esperanças concretas para as personagens: apenas a esperança precária de que pior aparentemente não poderá ficar. A única saída é fugir da seca, sempre.
O principal tema é, sem dúvida, a seca. Esse fenômeno climático é a fonte principal das preocupações das personagens, que lutam contra o meio agreste e procuram a sobrevivência a qualquer custo, o que reflete em seus corpos e em sua alma.
b)        Família
A família protagonista de “Vidas secas”, desde o início do romance é apresentada na terra árida do sertão e no sofrimento. Entre os membros da família de nordestinos (Fabiano, sinhá Vitória, o menino novo, o menino mais velho e a cachorra Baleia) não há comunicação. As crianças não possuem nomes, o que acentua o processo de animalização das personagens para ressaltar a vida mesquinha dos fugitivos da seca. Ao contrário, a cachorra Baleia, humanizada, tem nome e pensa. Sinhá Vitória é obrigada a matar o papagaio para alimentar a família. A justificativa é de que ele não falava. Durante todo o romance, a seca prenuncia para a família de retirantes a miséria e a fome. A família dos nordestinos deixa a fazenda por causa da seca e retorna a andança sem destino do início da narrativa e ainda cheia de esperança de um futuro melhor.
c)         Morte
Em “Vidas Secas” a personagem principal que acaba deixando a obra é a cachorra Baleia, sacrificada por Fabiano por estar sofrendo com bicheiras.Seu dono apiedando-se de todo seu sofrimento, resolve tirar sua vida acreditando que isso seria melhor para ela, que ela iria ara um lugar mais bonito, não sentiria mais dores e nem a fome assolaria mais o seu ser.
a)           Desfecho
O desfecho em “Vidas Secas” não poderia ser outro: a contínua desolação. Novamente a seca chega à fazenda fazendo estragos e não resta outra opção para a família do que fugir daquele lugar, só que desta vez para o lado Sul, do lado oposto de sua região, em busca da cidade grande, sem destino certo, mas no coração restinhos de esperança de uma vida melhor.
Análise do livro “As vinhas da ira”  de Steinbeck
a)         Temática
A situação social e econômica da América dos anos de 1930 é o pano de fundo do romance “As Vinhas da Ira”, de John Steinbeck. No caso, o romance traz como tema principal os migrantes espoliados de suas terras e de seus empregos, num êxodo que se transformou rapidamente numa nova grande marcha para o Oeste americano. A partir desse contexto, a família dos Joad, que protagoniza “As Vinhas da Ira”, partirá em busca de emprego e prosperidade, em meio à recessão dos anos 30. Nessa odisséia, os Joad lutam para manter-se unidos, a despeito das perdas e desilusões que amargam durante a jornada ao longo da Rota 66, que une Oklahoma à Califórnia. Portanto, esse é um romance cujo tema é o momento histórico dolorido para os Estados Unidos, uma obra que combina temas universais, como a aspiração humana à autorrealização, com mitos regionais caros aos americanos, como a busca, típica do protestantismo, da realização pela fé no trabalho.
b)        Família
O romance se inicia quando Tom Joad, livre após cumprir quatro anos por homicídio em uma penitenciária em Oklahoma, volta para casa. Lá encontra a família prestes a ser despejada das terras arrendadas a um fazendeiro da região. Sem opção, os doze membros da família partem em um velho carro em direção à Califórnia, onde a promessa de emprego e prosperidade é a única esperança para milhões de americanos deixados à deriva pela recessão dos anos de 1930. Assim, a família abandona o lar e não procura regressar a ele, os Joad lutam para manter-se unidos, a despeito das perdas e das desilusões que amargam em suas jornadas para a Califórnia.
c)         A morte
No texto “ As Vinhas da Ira” o trecho que mostra a crueldade que leva a morte é retratada pelo autor de uma forma que o leitor sinta pesar e indignação. Segue:
“Há nisto tudo um crime, um crime que ultrapassa o entendimento humano. Há nisto uma tristeza, uma tristeza que o pranto não consegue simbolizar. Há um malogro que opõe barreiras a todos os nossos êxitos; à terra fértil, às filas rectas das árvores, aos troncos vigorosos e às frutas maduras. Crianças atingidas pela pelagra têm de morrer porque a laranja não pode deixar de proporcionar lucros. Os médicos legistas devem declarar nas certidões de óbito: “Morte por inanição”, porque a comida deve apodrecer, deve, por força, apodrecer”.
            Diante de morte de crianças com fome, Tom Joad acaba assassinando um militante que o atacou, e decide se esconder por conta do assassinato, partindo para proteger sua família, tendo como objetivo começar uma luta pelos direitos dos imigrantes. Enquanto isso, o restante da família foge, e consegue em cada lugar que passa pequenos trabalhos, continuando sempre a beira da miséria.


d)        Desfecho

O finalizar o romance, o autor usa de artifícios simbólicos, uma grande enchente que simboliza a execução da população, porém nos dá uma pitada de esperança, mostrando que sempre há uma luz ao fim do túnel, quando descreve a fuga dos membros remanescentes que depois de se esforçarem muito, chegam numa colina, acima da torrente, esperando um novo dia, após o término da inundação.

Etapa 4 – Análise Final

O livro “Vidas Secas” de Graciliano Ramos, narra a realidade trágica do sertão nordestino no Brasil, onde a seca assola os menos favorecidos com a conseqüente miséria.
Fazendo com que estes fujam na ilusão de encontrar no Sul, nas cidades grandes alguma esperança.
            No livro “As Vinhas da Ira” de John Steinbeck, trata dos efeitos da grande depressão sobre pequenas famílias de fazendeiros do meio-oeste americano.
            O autor critica o sistema moderno que valoriza lucros acima de pessoas, dando exemplos de comidas sendo destruídas por fazendeiros, porque não seria economicamente viável transportá-las para a cidade, enquanto milhares de pessoas passavam fome ao redor e eram mantidas afastadas sobre ameaças de armas para evitar que levassem os produtos dispensados pelos fazendeiros.
            O autor desperta a compaixão pelas dificuldades dos trabalhadores imigrantes.
            Nas duas obras encontram-se temas universais que caracterizam a realidade social, a todo o momento ouve-se falar de pessoas que migram para determinadas cidades grandes do país em busca de trabalho, condições melhores e ter uma vida menos miserável. A triste realidade é que a maioria se decepciona com o quadro encontrado nessas cidades. O sonho de que viver na cidade grande é destruído por conta de tanta concorrência e discriminação, acabam voltando as suas origens, pelo menos para viver do plantio e dos poucos frutos da terra.

2 comentários:

Unknown disse...

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Vicente de Paula Mursci

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