segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Poção Mágica


 "Fecho os olhos pra não ver passar o tempo"


Poção Mágica

Por Fernanda Berthoud

Eu sou uma criança num corpo adulto,
Já um pouco cansado pelo excesso de peso.
Mas isso não atrapalha,
Não no momento em que estou diante de olhos atentos,
Olhos brilhantes, respirações ofegantes.

Estar diante de crianças, é o mesmo que estar entre flores
Numa manhã de primavera, com um sol manso a esquentar nossa pele.
Ouvir suas risadas é como ver várias borboletas bailando no ar,
Ali, bem a nossa frente, e maravilhar-se com essa magia.

Quando conto histórias, me transporto para um mundo mágico
Sinto-me personagem da história,
Quando consigo encantá-las
E percebê-las tão envolvidas quanto eu,
Transformo-me em criança, sinto, vejo, sorrio como criança.

Se dias passam sem que eu tenha esse contato,
Sinto-me fragilizada e me vejo enfraquecer aos poucos,
Como esses heróis de desenhos animados
Que necessitam de espinafre ou de criptonita para fortalecerem.
Elas são minha poção mágica de vida.

Ser criança é saber viver tão intensamente
Tão livremente, sem preocupar com o dia de amanhã
Não quero essa vida adulta tão turbulenta
Tão ranzinza e impaciente.

Quero ter alma de criança, coração de criança
Saber perdoar, saber amar, saber dividir
Quero envelhecer e ainda ter na lembrança
Como fazer essa criança sorrir.






quinta-feira, 11 de agosto de 2011

DICA DE LEITURA: A Menina que Roubava Livros




Escrito em 2006, best-seller de Markus Zusak,
 autor Australiano nascido em 23 de junho de 1975.



Quem gosta daqueles livros que prendem a nossa atenção e submete-nos ao vicio de ler e ler para saber o que vai acontecer?

Se você é assim, se identificará, e, vai amar o livro “A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS”.

Vou ser sincera que no início encontrei certa dificuldade de compreensão, voltei algumas páginas, na minha persistência, e não me arrependi.

Trata-se de uma história emocionante, onde o real brinca com o imaginário, resultando num surpreendente enredo narrado, nada mais nada menos, pela “morte”que se impressiona com a vida de uma garotinha e resolve dividi-la conosco.

Liesel é ainda uma menina, quando é levada pela mãe para ser adotada por um casal alemão, a caminho de sua nova casa, seu irmão morre no colo da mãe dentro de um trem, e assim é feito seu funeral. Um dos coveiros derruba sobre a neve um pequeno livro chamado “Manual do coveiro”. Lisel inicia aí sua lista de “furtos”.

Mesmo sem saber ler, tem um grande carinho pelo livro, pois é a única lembrança de seu irmão e sua mãe. Sua nova família também é pobre, mais ainda com algum trabalho para o sustento. A garota é recebida com muito amor. O pai passa a ser seu melhor amigo e a mãe apesar de estúpida, uma mulher de palavras duras, em decorrer da leitura, podemos concluir que amava sem saber demonstrar... Os três viviam felizes, a menina vai para a escola, ajuda a mãe com as roupas que lava para fora e assim cria-se um vínculo de carinho entre eles.

 Liesel tem certa dificuldade na escola e o pai começa a ajudá-la em casa, todas as noites eles lêem juntos...

A menina encontra um amigo, (que lá no final do livro a gente fica sabendo que ela se apaixona por ele), Rudy que vive pedindo um beijo à menina, (acho que ela sempre quis dá-lo, o que faltou foi coragem...). Quando ele morre, ela beija seus lábios empoeirados - dá até raiva, mas na verdade você chora.

Mudando um pouquinho de assunto, quando Liesel, ainda, entrega roupas para sua mãe - eu digo “ainda” porque vai chegar uma hora que as portas vão se fechar e não haverá emprego algum, acaba entregando na casa do prefeito da cidade, onde conhece uma linda biblioteca. Faz amizade com a esposa do prefeito que lhe doa um livro no dia que dispensa o serviço de sua mãe. Com a ajuda de Rudy, ela entra escondido nesta casa roubando outros livros.

Este era seu maior prazer, roubar livros.

Um dia seu pai lhe conta a história de seu acordeom, um instrumento que é sua maior paixão, o homem ganhara este instrumento em uma ocasião onde um amigo o ajudou e acabou morrendo em seu lugar, então ele prometeu a família que um dia pagaria esta dívida de algum modo.

Não passa muito tempo e essa dívida é cobrada. Um dia bate na porta um rapaz pedindo ajuda, e a família via-se obrigada a ajudá-lo. Agora que começa a emoção da história, o rapaz é judeu e a Alemanha está em guerra contra os Judeus, Max fica escondido no porão e cria uma amizade incondicional com Liesel, a pequena judia admira seu amigo e luta pela sua sobrevivência.

Enfim, sabe o que acontece? Melhor eu não contar se não perde a graça... rs

Leia o livro, porque eu resumi muito... Têm muitos detalhes para ler, sentir se emocionar.



Lilia Rodrigues